– O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) voltou a se manifestar em suas nesta terça-feira (22), algo que vinha fazendo pouco desde o início da repercussão das relativas a seu gabinete. Ele postou uma em que se diz vítima de uma "campanha difamatória", se defendendo do fato de ter empregado em seu gabinete a mãe do ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, foragido da Justiça e denunciado como membro de milícia.
A ausência do filho do presidente Jair Bolsonaro das redes sociais foi constatada pela jornalista Daniela Lima, editora Ela apontou que nos 35 dias que sucederam a divulgação das movimentações atípicas de recursos por parte de seu ex-assessor do gabinete, "postou 13 publicações e passou 26 dias em silêncio".
Uma atitude que ilustra a "inexperiência" da família Bolsonaro e também do novo governo no diálogo com a sociedade, pessoas que até então se orgulhavam de ter uma "comunicação direta" com o eleitor, como avalia o cientista político e professor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fesp-SP), Paulo Nícoli Ramirez, ao jornalista .
"Isso de alguma maneira decepciona os eleitores da família Bolsonaro, uma vez que o que se prezava no uso dessas redes era uma certa sinceridade e um ataque ao que se chamava de 'mamata' (de veículos da mídia tradicional)", afirma Ramirez.
No campo da comunicação, o cientista político cita ainda haver outra mudança, dessa vez protagonizada pelos grandes veículos de comunicação, havendo um certo "racha" que tem colocado em campos opostos a
– O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro Fernando Haddad explicou na noite de hoje (22), em Lisboa, a um público que lotou a Casa do Alentejo, para o debate Democracia e perda de direitos no Brasil, que “não houve mera alternância do poder” e que o governo de Jair Bolsonaro pode ser avaliado pelo , no Fórum Econômico Mundial.
– O ex-prefeito de São Paulo e ex-ministro Fernando Haddad explicou na noite de hoje (22), em Lisboa, a um público que lotou a Casa do Alentejo, para o debate Democracia e perda de direitos no Brasil, que “não houve mera alternância do poder” e que o governo de Jair Bolsonaro pode ser avaliado pelo , no Fórum Econômico Mundial.
“(Fora do país) as pessoas estão perplexas em relação ao Brasil. Há uma discrepância entre o que é veiculado pela imprensa no Brasil e o que é veiculado fora. Basta ver a repercussão do discurso de Davos hoje, na imprensa internacional e na local. Na imprensa local, estamos quase diante do discurso de um estadista”, ironizou. “Na imprensa internacional, a frustração é enorme. O Brasil nunca foi tão mal representado num fórum internacional. Ele mal conseguia falar o que tinha ido dizer.”
Em outro momento, acrescentou: “Não temos meios de comunicação imparciais que tenham compromisso com a verdade a todo custo. A maioria dos meios de comunicação são laudatórios do governo atual”.
Candidato à Presidência da República em 2018, Haddad avalia que o discurso em Davos passou “sinais péssimos e contraditórios”. “Não se sabe qual projeto de país. As idas e vindas são dramáticas sobre tudo. Amanhã você pode receber a notícia de que nada do que foi dito hoje está valendo. Porque há uma tutela dos militares.”
Ele questionou “a vinculação cada vez mais explicitada” “Os gabinetes (de deputados) estão coalhados de milicianos. Por que um deputado contrata miliciano, parentes de milicianos para sua assessoria? Esse pessoal está preparado para fazer projeto de lei?”
Segundo Haddad, o governo é formado por três núcleos. “Um núcleo fundamentalista obscurantista, um neoliberal, e tem a tutela militar.” Ele observou haver diferença significativa entre perder uma eleição para a direita, porque neste caso uma parte dos direitos fica preservada, e ser derrotado pela extrema-direita. “Sobretudo (uma extrema-direita) dessa natureza que assumiu o Brasil. Tudo está em discussão: a escola laica, a auto-organização do movimento popular. Os líderes dos sem-terra e sem-teto podem ou não serem tratados como terroristas.”
O petista voltou a criticar a imprensa dizendo que ela “trata com naturalidade” fatos como, por exemplo, o ministro da Educação (Vélez Rodríguez) dizer que o Enem é do presidente da República e que ele pode censurar a prova elaborada por educadores. “Com todo respeito, quem é Bolsonaro para julgar um educador? Uma pessoa que não consegue elaborar uma frase com 10 palavras vai julgar um educador?”, questionou.
O ex-prefeito falou rapidamente sobre o escândalo envolvendo Flávio Bolsonaro, outra vez usando ironia. “Se ele conseguir comprovar a evolução patrimonial, tem que substituir o Paulo Guedes. Porque trata-se de um gênio.”
– Depois de novas informações sobre o ex-assessor Fabrício Queiroz e seu gabinete como deputado estadual, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ) divulgou nota para afirmar que continua a ser "vítima de uma campanha difamatória" que teria o objetivo de atingir o governo do presidente Jair Bolsonaro, seu pai. "A funcionária que aparece no relatório do Coaf foi contratada por indicação do ex-assessor Fabrício Queiroz, que era quem supervisionava seu trabalho. Não posso ser responsabilizado por atos que desconheço, só agora revelados com informações desse órgão", afirma.
De acordo com o Conselho de Controle de Operações Financeiras (Coaf), Raimundo Veras Magalhães seria remetente de depósitos para Fabrício Queiroz. Ela é mãe do ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, denunciado como integrante de milícia e que teve a prisão decretada – ainda está foragido.
"Quanto ao parentesco constatado da funcionária, que é mãe de um foragido, já condenado pela Justiça, reafirmo que é mais uma ilação irresponsável daqueles que pretendem me difamar", diz o senador eleito, que em 2003, como deputado, homenageou o capitão Adriano, entre outros.
"Quanto a homenagens prestadas a militares, sempre atuei na defesa de agentes de segurança pública e já concedi centenas de outras homenagens. Aqueles que cometem erros devem responder por seus atos", disse Bolsonaro filho. "Tenho sido enfático para que tudo seja apurado e os responsáveis sejam julgados na forma da lei", afirmou ainda.
A promotora Simone Sibilio, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco, do Ministério Público fluminense), não descarta relação com o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, mas lembrou que a operação desencadeada hoje não visava a prender pessoas ligadas a esse crime. No ano passado, Adriano, entre outros, foi ouvido como testemunha no inquérito.







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